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domingo, 27 de novembro de 2011

Porto do Suape - Mario Quintana

PORTO DO SUAPE
No movimento
lento
dos navios
o dia
sonolento
vai inventando variações da luz...
No cais,
os guindastes,
domesticados dinossauros,
erguem a carga do dia.
As coisas também querem partir.
As coisas também querem chegar.


Obtido de http://www.oocities.org/br/prosapoesiaecia/quintanamestres.htm

Mais uma desse Grande mestre do lirismo, Quintana, que poetisa o porto de Suape, o novo porto de Recife, moderno e estratégico porto nordestino que acredito será um do maiores do País.
Quintana isso já percebera e traçou seu brado poético: É preciso movimentar os navios e os guindastes, mexam-se estivadores, liguem suas máquinas, pois as cargas também querem ter o direito de ir e vir!
Por
F@bio 

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Matinal - Mário Quintana

"O tigre da manhã espreita pelas venezianas.
O vento fareja tudo.
Nos cais, os guindastes - domesticados dinossauros -
erguem a carga do dia."


Transcrito de “Baú de Espantos”. Autor Mário Quintana. Poesia. 4ª Edição. Rio de Janeiro: Globo, 1988.
Fotos de Mario Quintana e do Predio do Antigo Hotel Majestic, hoje Casa de Cultura Mario Quintana obtidas no site da CCMQ.


Aqui Quintana deixa o porto ainda mais alegre, com a imagem dos guindastes do cais transformados em domesticados dinossauros. Quintana criou uma forma própria de fazer poesia. Em “eles passarão, nós passarinho” reconhece-se logo os traços quintanares, quintanenses, quintaneiros, o verbo quintanear. De verso simples, mas encantador, esse grande poeta gaúcho deixou um legado iluminado, mágica mistura de palavras e emoções, que preencheram um hotel inteiro de Porto Alegre, o Majestic, hoje dedicado às artes, em homenagem ao grande poeta foi transformado na Casa de Cultura Mario Quintana. Fica bem no Centro Histórico de Porto Alegre, perto do Porto, e conta com intensa atividade cultural. Uma vez tive a felicidade de participar de um sarau no Café Santo de Casa que fica no 7º Andar com uma bela vista para o Guaíba.